sábado, 8 de março de 2014

Minha Mulher

Minha mulher
Minha?
Não és mais minha do que sou teu
E sabemos bem
Que ninguém pertence a ninguém
Mas, digo “minha”
Por estares tão dentro de mim
Irremediavelmente
Minha mulher
Minha?
Tamanha ousadia seria crer te possuir
E você bem sabe
Que você é forte e livre
Mas digo “minha”
Por, livre, caminhares ao meu lado
Por, forte, persistires do meu lado
Minha mulher
Minha?
Petulância, talvez, nisso insistir
És demais preciosa para querer-te minha
Mas, digo “minha”
Como modo de me lembrar
Quão afortunado eu tenho sido
Sim, senhora, digo e repito
Minha mulher
E o destaque que deve ser ouvido não é no pronome
Mas, no forte substantivo que o acompanha
Pois és para mim muito mais do creio eu ser capaz
Mas, não és menos do que lutarei por superar
Não por qualquer disputa estúpida
Não sou tão infantil
Mas, porque não pretendo te dar
Nada menos do que mereces
Minha mulher,
Parabéns pelo seu dia
Todo dia

Pablo de Araújo Gomes, 08 de março de 2014

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Pablo de Araújo Gomes