O proibido mais me espreita,
Não importam meus esforços.
O risco da desobediência estreita os laços
Quando a vigilância desata o nó,
A contravenção apressa os passos
Quando penso só em nós.
E de olhos fechados, num devaneio íntimo,
Sem que ninguém veja, eu realizo
O amor que jamais seria permitido,
O encontro de carnes dominado pela libido,
Saborear esta paixão que não faz sentido
Como só nos sonhos se faz possível
Pablo de Araújo Gomes, 23 de maio de 2009