sexta-feira, 1 de maio de 1998

Monstro de mim

Monstro de mim,
Que sou eu mesmo,
Quando não me encontro,
Quando não sei quem sou
E sou quem ninguém imagina...
Que me encontro em algum lugar
Sem estar em lugar nenhum.
Paro de pensar,
E descubro que estou pensando demais.
Não entendo nada...
Pois estou com a mente cheia
De tão vazia que se encontra
E de tão estranho que descubro que sou

Pablo de Araújo Gomes, meados de 1998